A América foi inicialmente povoada por índios durante milhares de anos e em todo o continente se desenvolveram civilizações importantes, como os maias, astecas e incas. Apesar dos vikings terem explorado e estabelecido bases nas costas da América do Norte a partir do século X, estes exploradores aparentemente não colonizaram a América, limitando-se a tentar controlar o comércio de peles de animais e outras mercadorias da região.
A colonização da América pelos europeus resultou da procura de uma rota marítima para a Índia, que era a fonte da seda e das especiarias, produtos que tinham um grande valor comercial no “velho continente”. Ao navegarem para oeste, encontraram o “Novo Mundo”.
Os primeiros a descobrir as “Índias ocidentais” foram os espanhóis - a 12 de Outubro de 1492, Cristóvão Colombo (um dia chegou a uma ilha que hoje é a República Dominicana, onde encontrou nativos amistosos e pensou ter chegado à Índia). Dali, ele seguiu para a ilha que apelidou Espanhola e onde deixou uma pequena colônia que, no ano seguinte, tinha sido dizimada pelos nativos, e então deixou lá uma guarnição bem armada. Estima-se de cerca de 250 mil aruaques existentes naquela ilha, apenas 500 tinham sobrevivido no ano 1550; o grupo foi extinto antes de 1650. O Brasil chegou a ser uma tentativa de colonização dos espanhóis, mas não deu certo, Portugal veio primeiro.
Entretanto, Pedro Álvares Cabral, ainda com a intenção de chegar à Índia, "descobre" o Brasil, em 1500; a partir de 1534 inicia-se a colonização do Brasil com a criação das primeiras capitanias.
Em meados do século XVI, o Império Espanhol controlava quase toda a zona costeira das Américas, desde o Alasca à Patagônia, no ocidente, e desde o atual estado estadunidense da Geórgia, toda a América Central e o Caribe até à Argentina – com exceção do Brasil, que Portugal tinha conseguido manter graças à mediação do Papa (ver Tratado de Tordesilhas).
Colonização espanhola da América
A colonização espanhola das Américas começou com a chegada de Cristóvão Colombo às Américas em 1492. Colombo procurava um novo caminho para as Índias e convenceu-se de que o encontrara. Ele foi feito governador dos novos territórios e fez várias outras viagens através do Oceano Atlântico. Enriqueceu com o trabalho de escravos nativos, que obrigou a minar ouro, e também tentou vender escravos na Espanha. Apesar de ser geralmente visto como um excelente navegador, era fraco como administrador e foi destituído do governo em 1500.
A chegada dos espanhóis à América insere-se no contexto da expansão marítima europeia. A colonização levou a Espanha a fazer incursões no novo continente, dominando e destruindo culturas indígenas, como a dos incas e dos astecas, em busca de metais preciosos encontrados e explorados em grande quantidade pelos conquistadores, que se utilizavam para tanto da mão-de-obra servil indígena.
Descobrimento e Conquista
Em 1492, Cristóvão Colombo "descobriu" a América. As terras encontradas foram disputadas entre Portugal e Espanha. Para controlar a disputa entre esses países, o papa espanhol Alexandre VI propôs a Bula_Inter_Coetera, dividindo o Oceano Atlântico por um meridiano. Mas, com o meridiano, Portugal só teria direito as terras africanas.
A Coroa portuguesa pressionou para mudarem o acordo e foi assinado o Tratado de Tordesilhas, dividindo o continente entre os dois países. Mas os outros países europeus não concordaram com isso e a América.
A Conquista da América espanhola aconteceu de forma exploratória, isto é, não vinham para a América em busca de terras para povoar, eles ocupavam o espaço, apropriando-se de suas riquezas e suas mulheres. Os espanhóis dizimaram as populações indígenas, impondo sua cultura, língua e religião.
Colônias Espanholas
As áreas nas Américas sob controle Espanhol incluíam a maior parte da América do Sul, do Norte e Central,
Os primeiros anos viram uma luta entre os Conquistadores e a autoridade real. Os Conquistadores eram geralmente nobres empobrecidos que queriam adquirir terra e trabalhadores (Encomienda) que eles não poderiam ter na Europa. As rebeliões eram freqüentes (Veja Lope de Aguirre).
Caribe
A Espanha reivindicou todas as ilhas nas Caraíbas apesar deles não terem colonizados todas. Possuíam colônias nas Antilhas de Barlavento e de Soutavento e:
* Antígua e Barbuda
* Cuba
* Espanhola, hoje dividida entre República Dominicana e Haiti
* Jamaica
* Porto Rico
América Central
* Costa Rica
* El Salvador
* Guatemala - Fundada pelos espanhóis em 1523,
* Honduras
* Nicarágua - Fundada em 1524 por Hernandez de Cordoba
Esses países tornaram-se independentes da Espanha em 1821 durante a Guerra de Independência do México.
* Panamá - Como parte da Colômbia, tornou-se independente em 1819.
América do Norte
* México
* Flórida incluindo partes dos dias atuais Alabama e Mississippi
* Califórnia e Novo México - no oeste das colônias espanholas, formados em 1819 pelo Tratado Adam-Onis para substituir as indefinidas e confusas fronteiras. Grande parte do interior não era conhecido nem ocupado por Espanha. Esta zona incluía partes dos atuais estados da Califórnia, Novo México, Arizona, Texas, Colorado, Nevada, Utah, Oklahoma, Kansas e Wyoming.
* Território da Luisiana - Espanha controlou o território entre 1762 e 1803. O norte e interior não eram ocupados por Espanha. Os colonos franceses eram a maior parte dos imigrantes no sul. Inclui os atuais estados de Luisiana, Arkansas, Oklahoma, Missouri, Kansas, Iowa, Nebraska, Minnesota, Dakota do Norte, Dakota do sul, Wyoming, Montana, Colorado, Edito, e, no Canadá, as províncias de Alberta e Saskatchewan.
Divisão administrativa
Na colonização espanhola, ele se baseou na divisão entre 4 Vice-reinos (divisão intrinsecamente ligada a aspectos econômicos), a saber:
* Vice-Reino da Nova Espanha: no sul da América do Norte, correspondendo principalmente ao moderno México e ao sul dos Estados Unidos. Rico em ouro e prata, caracteriza-se pela mineração. A colonização ganha impulso e se inicia mais facilmente devido às complexas civilizações já ali existentes, com base econômica formada;
* Vice-Reino de Nova Granada: no noroeste da América do Sul, correspondendo principalmente à moderna Colômbia, Equador, Venezuela, e Panamá. Baseada na agricultura;
* Vice-Reino do Peru: no leste da América do Sul, que no momento da sua maior extensão territorial englobava grande parte da própria América do Sul, sendo reduzido o seu território correspondendo principalmente ao moderno Peru e Bolívia: mineração aurífera e argêntea. Encontra-se, como no México, uma complexa infra-estrutura e grande densidade populacional;
* Vice-Reino do Rio da Prata: no sul da América do Sul, correspondendo principalmente aos modernos Argentina, Uruguai, Paraguai. Economia baseada na pecuária.
Criaram-se ainda 8 capitanias-gerais: áreas bélicas de forte proteção, pois eram regiões que podiam ser atacadas facilmente:
* Capitania Geral da Guatemala (1540-1821): anexado ao Vice-Reino da Nova Espanha. No América central, correspondendo principalmente à moderna Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicaragua, Costa Rica e a estado mexicano do Chiapas.
* Capitania Geral do Chile (1541-1818): anexado ao Vice-Reino do Peru. No sudoeste da América do Sul, correspondendo principalmente ao moderno Chile.
* Capitania Geral de Santo Domingo (1526-1867): anexado ao Vice-Reino da Nova Espanha. No Antilhas, correspondendo principalmente à moderna República Dominicana e Haiti.
* Capitania Geral das Filipinas (1565-1898): anexado ao Vice-Reino da Nova Espanha. No leste da Ásia e Micronesia, correspondendo principalmente às modernas Filipinas, Palau, Carolinas, Marianas e Guam.
* Capitania Geral de Porto Rico (1592-1898): anexado ao Vice-Reino da Nova Espanha. No Antilhas, correspondendo principalmente ao moderno Porto Rico.
* Capitania Geral de Cuba (1607-1898): anexado ao Vice-Reino da Nova Espanha. No leste da América do Norte e Antilhas, correspondendo principalmente à moderna Cuba, Flórida e Luisiana.
* Capitania Geral de Yucatán (1617-1786): anexado ao Vice-Reino da Nova Espanha. No sudeste da América do Norte, correspondendo principalmente aos modernos estados mexicanos do Campeche, Tabasco, Yucatán e Quintana Roo.
* Capitania Geral da Venezuela (1777-1821): anexado ao Vice-Reino do Peru. No norte da América do Sul, correspondendo principalmente à moderna Venezuela.
Divisão social
* Chapetones: espanhóis que habitam a América têm em mãos os altos cargos públicos, dominam a política;
* Criollos: eram os brancos (europeu + europeu = filho americano) nascidos na América, cuidam da economia (terras e minas) e ocupam os baixos cargos públicos da administração local: cabildos;
* Mestiços: são os bastardos (cor negra: Chapetones + índios, ou Criollos + índios, sonho era embranquecer). É o elo entre os chapetones e os índios, é o intermediário, é assalariado dos espanhóis, recrutam índios para a Mita;
* Índios/negros: massa trabalhadora.
Sistema de Trabalho
Mão de obra indígena: semi-servidão, trabalho compulsório;
* Trabalho livre: assalariado e parceria (meieiro);
* Trabalho compulsório: Mita e Encomienda;
* Escravidão (em menor escala)
Mita (Peru) ou Cuatequil (México)
* Os Incas e os Astecas já adquiriram no seu processo civilizatório o hábito de escravizar outras tribos de índios e forçá-las a trabalhar e pagar impostos;
* É de criação americana;
* Predomínio do trabalho na mineração;
* Baseada no sorteio de tribos para retirar os trabalhadores, que trabalhavam de 4 a 6 meses e geralmente morriam ou adoeciam. Recebiam um pequeno salário, mas endividavam-se, então, alugavam mulheres e filhos para quitar dívidas e acabavam como semi-escravos;
* Conseqüências: Genocídio e Etnocídio (aculturação, destruição metódica de uma etnia), hecatombe demográfica, ou seja, mortandade em larga escala;
* Tinha cota de produção, isto é, uma quantidade de produto estipulada para se retirar em certo tempo, é um tipo de ação violenta.
Encomienda
* Os europeus adquiriam índios nas tribos para supostamente recrutá-los ao trabalho, oferecendo em troca a garantia de sua subsistência e o comprometimento com a catequese, no entanto, não raramente submetia-os à compulsoriamente do trabalho nas minas;
* Baseava-se no recrutamento por meio da encomenda, servindo de recurso acessório às insuficiências de mão-de-obra no sistema de Mita;
* Cota de mão de obra: dever-se-ia dar uma quantidade de produto estipulada dentro de um maior prazo de entrega, sendo, pois, menos violento;
* Conseqüências: Genocídio e etnocídio.
Porque a América Espanhola utilizava índios como mão-de-obra e a América Portuguesa usava a mão-de-obra negra?
* Na América Espanhola já existiam sociedades complexas, que já conheciam sistemas de trabalho (Ex: mita ou cuatequil), enquanto na América Portuguesa não havia sistemas de trabalho, o índio não era habituado ao trabalho regular, porquanto era coletor, caçador, pescador e nômade;
* Na América Espanhola, o elemento indígena estava concentrado em centros urbanos de alta densidade demográfica. Na América Portuguesa, os índios encontravam-se dispersos, isto é, aquém do processo civilizatório e urbanístico empreendido nos Impérios Incas e Astecas;
* O Tratado de Tordesilhas literalmente cedeu à África ao Império Português, o que incentivará o uso de negros como mão-de-obra pelos lusitanos e dificultará o uso de negros pela Espanha. O próprio Estado português administrará e executará o tráfico negreiro.
* Espanha: saliente-se concessão feita à Nova Granada, pois, como os antigos Maias não tinham civilizações tão complexas quanto as duas acima citadas (Astecas e Incas), fator dificultoso ao processo escravizatório (motivo inclusive do fracasso da tentativa de escravização de índios no Brasil), optar-se-á pela utilização do elemento escravo negro;
* Espanha: México: antigos Astecas;
* Espanha: Peru: antigos Incas.
Colonização Britânica
Os britânicos lançaram-se à conquista do mundo durante o reinado de Henrique VII de Inglaterra (1485–1509), que promoveu a indústria naval, como forma de expandir o comércio para além das Ilhas Britânicas. Mas as primeiras colônias britânicas só foram fundadas durante o reinado de Elizabeth I, quando Sir Francis Drake navegou o globo nos anos 1577 a 1580 (Fernão de Magalhães já a tinha realizado em 1522).
Em 1579, Drake chegou à Califórnia e proclamou aquela região “colônia da Coroa”, chamando-lhe “Nova Albion” ("Nova Inglaterra"), mas não promoveu a sua ocupação. Humphrey Gilbert chegou à Terra Nova em 1583 e declarou-a colônia inglesa, enquanto Sir Walter Raleigh organizou a colônia da Virgínia em 1587, mas ambas estas colônias tiveram pouco tempo de vida e tiveram de ser abandonadas, por falta de comida e encontros hostis com as tribos indígenas do continente americano.
Foi apenas no século seguinte, durante o reinado de Jaime I da Inglaterra, depois da derrota da Armada Invencível de Espanha, que foi assinado o Tratado de Londres, permitindo em 1607 o estabelecimento da primeira colônia inglesa nas Américas: Jamestown.
A colonização britânica nas treze colônias foi, essencialmente, de povoamento. Essa característica está presente nas colônias do Norte e do Oeste. A colonização sulista foi fundamentada no plantation e no uso de mão-de-obra escrava.
No norte da América, inicialmente, não havia metais preciosos e o clima daquela região, por ser temperado, não favoreceu a instalação de monoculturas. Daí a "importância de não nascer importante", segundo o jornalista uruguaio Eduardo Galeano. Um país que, durante o período colonial, não atraía a burguesia britânica em aspectos como o metalismo, o latifúndio monocultor e matérias-primas em abundância não é explorado efetivamente, o que favorece a consolidação dos EUA como a primeira economia mundial da atualidade.
Processo de colonização britânica
O processo deu-se início com a Colonização da América do Norte. As colônias pertencentes à realeza começa a povoar o território concedidos pela Coroa à iniciativa particular. No século XVII já estavam formadas as 13 colônias britânicas. Pequenos e médios proprietários, refugiados políticos e religiosos (protestantes calvinistas) instalam-se ao norte e ao centro. Formaram pequenas propriedades baseadas no trabalho livre e no artesanato.
Algumas atividades industriais foram toleradas no centro-norte por não competir com o comércio da metrópole. A região começou a crescer economicamente e passou a escoar o excedente da produção para os mercados do sul.
Mais tarde foi criado o Comércio Triangular: comerciantes da Nova Inglaterra fabricam o rum para ser trocado por escravos na África, que são vendidos no Caribe e nas colônias do sul. Nos territórios sulistas (Virgínia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia), foi implantada a monocultura do algodão, destinada à exportação.
Uma sociedade baseada no trabalho de escravos africanos se desenvolveu com o tempo e formara-se uma camada de ricos proprietários de terras e grandes comerciantes exportadores.
Entre os principais colonos britânicos destacava-se os casacas vermelhas que protegiam as suas colônias e lutaram contra os franceses e contra os independentistas americanos.
As colônias produtoras de açúcar do Caribe, onde a escravatura se convertera na base da economia, eram as colônias mais importantes e lucrativas para Inglaterra. As colônias americanas produziam tabaco, algodão e arroz no sul e material naval e peles de animais no norte.
Placa em St. John's, Terra Nova, comemorativa da fundação por Gilbert do Império Ultramarino Inglês.
O império da Inglaterra na América ia-se expandindo gradualmente mediante guerras e estabelecimento de colônias. A Inglaterra conseguiu controlar Nova Amsterdão (depois chamada Nova Iorque) após as guerras anglo-holandesas. As colônias americanas estendiam-se para oeste em busca de novas terras para agricultura. Durante a Guerra dos Sete Anos, os ingleses venceram os franceses e ficaram com a Nova França em 1760, o que converteria a Inglaterra em dona de quase toda a América do Norte.
Apesar de submetidas ao controle inglês, as 12 colônias instituíram uma tradição de autogoverno, que será fundamental na luta pela independência dos Estados Unidos.
Depois, o estabelecimento de colônias na Austrália (que começou com as colônias penais em 1788) e na Nova Zelândia sob o domínio da Coroa desde 1840) criaram uma nova zona para a emigração de oriundos das Ilhas Britânicas, embora as populações indígenas tivessem que sofrer guerras e especialmente, doenças trazidas pelos colonos, reduzindo-se em cerca de 60–70% em menos de cem anos. Estas colônias obtiveram depois autogoverno e converteram-se em rentáveis exportadoras de lã e ouro.
História da colonização britânica
Os ingleses lançaram-se à conquista do mundo durante o reinado de Henrique VIII (1509-1547), que promoveu a indústria naval, como forma de expandir o comércio para além das Ilhas Britânicas. Mas as primeiras colônias britânicas só foram fundadas durante o reinado de Isabel I, quando Sir Francis Drake circunavegou o globo nos anos 1577 a 1580 (Fernão de Magalhães já a tinha realizado em 1522). Em 1579, Drake chegou à Califórnia e proclamou aquela região “colônia da Coroa”, chamando-lhe “Nova Albion” ("Nova Inglaterra"), mas não promoveu a sua ocupação. Humphrey Gilbert chegou à Terra Nova em 1583 e declarou-a colônia inglesa, enquanto Sir Walter Raleigh organizou a colônia da Virginia em 1587, mas ambas estas colônias tiveram pouco tempo de vida e tiveram de ser abandonadas, por falta de comida e encontros hostis com as tribos indígenas do continente Americano.
Foi apenas no século seguinte, durante o reinado de Jaime I da Inglaterra, depois da derrota da Armada Invencível de Espanha, que foi assinado o Tratado de Londres, permitindo o estabelecimento da colônia da Virginia em 1607. Durante os três séculos seguintes, os ingleses expandiram o seu império a praticamente todo o mundo, incluindo grande parte de África, quase toda a América do Norte, a Índia e regiões vizinhas e várias ilhas ao redor do mundo.
Assim, em 1670 já existiam colônias inglesas estáveis na América do Norte (Nova Inglaterra, Virgínia, Carolina) e em Antígua, Barbados, Belize e Jamaica, bem como uma penetração comercial na Índia desde 1600, graças à Companhia das Índias Orientais. Funda desde 1660, em África, entrepostos de captação de escravos para as plantações americanas, apossando-se, no século seguinte em 1787, de inúmeros territórios entre o Rio Gâmbia (encravado no Senegal francês) e a Nigéria, abarcando a famosa Costa do Ouro, o atual Gana. O século XVIII é, deste modo, o período de afirmação e maturação do projeto colonial britânico.
O seu único revés neste período, forte aliás, será a independência dos EUA, em 1776. Esta perda será compensada com o início da colonização da Austrália em 1783 e mais tarde da Nova Zelândia a partir de 1840, para onde envia inicialmente deportados.
A sua armada mantém-se superior às demais com a Batalha de Trafalgar em 1805, impondo uma vez mais uma pesada derrota a um adversário. O domínio de novas colônias é constante nesta altura - Malaca, desde 1795, Ceilão, Trindade e Tobago, em 1802, Malta, Santa Lúcia e Maurícia, em 1815, depois da derrota napoleónica e do seu bloqueio continental.
Singapura é fundada por Thomas Raffles em 1819. No Canadá registra-se o avanço para oeste, abrindo novas frentes de colonização, o mesmo sucedendo na Índia, com a exploração do interior do Decão e de Assam, Bengala, etc.
O século XIX marca o auge do Império Colonial Britânico, cuja expansão econômica e humana é favorecida pelo desenvolvimento do capitalismo financeiro e industrial, bem como pela pressão demográfica elevada.
Por outro lado, marca uma nova administração e gestão da realidade colonial. Exemplo disso é o governo direto da Coroa na Índia. Aí, porém, despoletará a primeira grande revolta contra o domínio colonial britânico: a revolta dos sipais, em 1858, que ditará o fim da Companhia das Índias Orientais. Em 1877, a rainha Vitória - num gesto de coesão face às autonomias ou aspirações mais radicais - proclama-se imperatriz da Índia, que compreendia um extenso território entre a fronteira irano-paquistanesa e a Birmânia e entre o Oceano Índico e o Tibete. Na China, estabelecem-se em Xangai. Na África, alimenta-se cada vez mais o sonho de construir um império inglês entre o Cairo, no Egito, e a Cidade do Cabo, na África do Sul, o que é conseguido depois da Conferência de Berlim (1884-1885), que legitima a anexação de todos os territórios ao longo desse corredor africano (Egito, Sudão, Quênia, Rodésia, Transvaal, etc.). Neste último, entre 1899 e 1902, travará a primeira guerra do império, contra os bóers (descendentes de colonos holandeses estabelecidos desde o século XVII na África do Sul), que se tornarão autônomos em 1910 (União Sul-Africana).
Este conflito demonstra o desaparecimento gradual dos últimos obstáculos para a plena soberania das colônias desde o começo da segunda metade do século XIX. Nesse período, é dada autonomia às colônias de maioria de população europeia, como o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia e as regiões da África do Sul (Cabo, Orange, Natal e Transvaal), que ganham um estatuto de domínios (soberania quase total, mas leais à Coroa britânica), respectivamente, em 1867, 1901, 1907 e 1910. Aliás, já só dependiam da metrópole, até essa data, para assuntos externos e de defesa.
Estes domínios participarão ao lado da Inglaterra na Primeira Guerra Mundial, o que origina uma nova organização do império, cada vez mais diminuto devido à independência daqueles domínios de população maioritariamente europeia, embora associados à Inglaterra através da Commonwealth (Estatuto de Westminster, 1931). Irlanda, Canadá e África do Sul aceitam o Estatuto nessa data, fazendo-o mais tarde a Austrália em 1942 e a Nova Zelândia em 1947: perdem assim o vínculo ao Reino Unido, apesar de reconhecerem a soberania simbólica da Coroa britânica.
No resto do império - que o Egito é a primeira colônia não-branca a abandonar -, de população basicamente autóctone, novas fórmulas de associação política e econômica são adotadas: na Índia, por exemplo, tenta-se aproximar a população da administração, embora com custos elevados. De fato, após a Segunda Guerra Mundial e com o despertar dos nacionalismos, Índia e Paquistão tornam-se independentes e a Irlanda passa a república.
As décadas seguintes serão o cenário histórico da desagregação do império, nomeadamente em África. Atualmente, depois da devolução de Hong Kong, em 1997, à China, o Império Colonial Britânico resume-se a Gibraltar, à Ilha de Man e às ilhas do Canal da Mancha, na Europa, o Território Britânico do Oceano Índico, Pitcairn e dependências no Pacífico, Ilhas Malvinas, Anguilla, Bermudas, Geórgia do Sul, as Ilhas Caimão, Turks e Caicos, Montserrat, Ilhas Virgens Britânicas e Santa Helena e dependências (Tristão da Cunha e Ascensão) no Atlântico.
Império Britânico
O Império colonial britânico a cor-de-rosa, cor tradicional para as delineações em mapas das possessões imperialistas britânicas.
O Império Britânico foi o conjunto das colônias que os exploradores ao serviço dos reis da Grã-Bretanha foram ocupando em praticamente todo o mundo, a partir do século XVI. Em 1921, com a assinatura do Tratado de Versalhes, que terminou oficialmente a Primeira Guerra Mundial, o Reino Unido obteve o mandato de administrar algumas das antigas colônias alemãs, chegando desse modo a estender o seu domínio a uma área de cerca de 36 milhões de km² e uma população de cerca de 500 milhões de pessoas, na América do Norte (o Canadá), na África (praticamente toda a África oriental e parte da ocidental), na Ásia (parte do Médio Oriente e do subcontinente indiano) e ainda a Austrália e partes da Oceania.
Fonte: Wikipédia
7 comentários:
eu acho que este site deveria mostra melhor o conteudo
chagas cinceramemte não da pra fazer coisas mais claras ?
ñ dá pra pesquisar
bjoooooooooooooooooooooooooooooo
deveria mostrar melhor sobre os povso do continente americano
já faz horas que estou aqui mais
ñ fiz nada tá muito díficio
manera frof
amei blog
mais tá um pouco
conplicado
não encontrei nada desse assunto...x)
Adorei nesse blog parabéns se alguns professores tivessem a coragem de pensar no seu alunado como vc fez acho que a porcaria da educação nesse país onde um professor tem que trabalhar horas e horas e em várias escolas para poder tirar seu sustento seria bem e muito melhor.
Um grande abraço e parabéns!!!!!
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